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A urologia é uma especialidade médica frequentemente associada aos cuidados da saúde do homem. No entanto, ela não é específica a este grupo, e pode ajudar também muitas mulheres. Existe, inclusive, uma subespecialidade da urologia e da ginecologia chamada uroginecologia, que é focada na prevenção, diagnóstico e tratamento de problemas no aparelho urinário e em outros órgãos pélvicos femininos, como vagina e útero, por exemplo. 

Um problema muito comum tratado pela uroginecologia e que leva muitas mulheres aos consultórios médicos é a incontinência urinária. 

Quais são os tipos de incontinência urinária

A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina, algo que pode causar muitos constrangimentos e prejuízos à saúde emocional e social de uma pessoa. Existem três tipos principais de incontinência urinária: a de esforço, a de urgência e a mista. 

  • Incontinência urinária de esforço (IUE): é a perda involuntária de urina que ocorre quando é realizado algum esforço, como carregar um objeto pesado, ou mesmo tossir, espirrar ou rir. 
  • Incontinência urinária de urgência: é o escape de urina que ocorre quando a urgência para urinar aparece repentinamente e a pessoa não consegue chegar a tempo ao banheiro.
  • Incontinência urinária mista: ocorre quando há uma mescla entre incontinência urinária de urgência e incontinência urinária de esforço.

A incontinência urinária é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, 40% das mulheres acima de 40 anos apresentam algum grau deste problema. A perda involuntária de urina pode estar, ainda, associada a duas situações frequentemente vivenciadas pelas mulheres: a gravidez e o climatério.

Incontinência urinária na gravidez e no climatério

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 40% das gestantes vivenciam episódios de incontinência urinária durante a gravidez. Um estudo publicado em 2013 no International Urogynecology Journal, aponta que a gravidez é o maior fator de risco para se desenvolver incontinência urinária de esforço. 

Durante a gravidez, com o crescimento do feto, o útero aumenta e passa a pressionar a bexiga. Além disto, as mudanças hormonais ocorridas neste período, e o peso fetal sobre os músculos do assoalho pélvico, enfraquecem a musculatura desta região. A combinação de todos estes fatores durante a gravidez, propicia as perdas involuntárias de urina durante este período. 

Certos acontecimentos no momento de dar à luz também podem levar à incontinência urinária pós-parto. Tanto no parto normal quanto na cesárea, a pressão e a tensão às quais os músculos e tecidos ao redor da bexiga e da uretra são submetidos, e as possibilidades de danos à algumas destas estruturas, podem levar a  escapes de urina após a gestação. 

Além da gravidez e do parto, o climatério, que é a transição do período reprodutivo ao período não-reprodutivo da mulher, também é um fator muito associado à incontinência urinária feminina. Isto acontece porque, neste período, ocorre a diminuição progressiva dos hormônios sexuais e a redução dos níveis de estrogênio pode levar ao enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e a consequentes vazamentos acidentais. 

Não tenha vergonha de procurar ajuda

O fato de a incontinência urinária estar relacionada a estas vivências comuns a muitas mulheres, não significa que a perda involuntária de urina é uma situação normal, que não deve ser investigada e tratada. Em alguns casos de incontinência urinária pós-parto, por exemplo, os sintomas podem desaparecer com o tempo. No entanto, é possível que eles persistam. 

Este distúrbio pode prejudicar muito a qualidade de vida de uma pessoa e seu bem-estar emocional e social. Por isto, se você tem perdas recorrentes e involuntárias de urina, mesmo que em pequena quantidade, procure imediatamente o auxílio de um urologista, para que ele avalie sua situação e indique o melhor tratamento.  

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