Email this to someoneShare on FacebookShare on Google+Tweet about this on TwitterShare on LinkedIn

Uma nova técnica cirúrgica para restabelecer a função erétil está sendo colocada em prática no Brasil. A reinervação peniana tem sido testada pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista de Botucatu, em homens que tiveram a próstata retirada e sofrem para retomar a atividade sexual normal. Em 62 pacientes que passaram pela cirurgia, a taxa de sucesso é de 60%, com 40% deles relatando níveis diferentes de melhora no desempenho sexual.

 

Como funciona?

 

Os pesquisadores buscaram reestruturar as conexões nervosas envolvidas na ereção ao retirar o nervo sural, que fica na perna, e criar uma conexão entre o nervo femoral e o pênis. Normalmente, o nervo femoral não está envolvido na ereção e fica responsável pelas sensações musculares envolvidas na caminhada.

 

Em teoria, o nervo sural agiria como substituto do nervo cavernoso, que está envolvido diretamente nas funções eréteis. A cirurgia divide o nervo sural em duas partes, que são enxertadas nas laterais da virilha e pênis, e dura cerca de cinco horas.

 

O período de recuperação da cirurgia envolve estímulo visual e treinamento de excitação, para estabelecer os níveis de ereção e restabelecimento das funções normais. Até agora, o único efeito colateral registrado foi uma leve perda de sensibilidade na lateral dos pés, quase imperceptível e relatada por apenas um paciente.

 

Quem se qualifica para esta cirurgia?

 

Até agora, o estudo deu preferência a pacientes que retiraram totalmente a próstata para o tratamento de tumores malignos. No entanto, três voluntários que sofrem com diabetes também passaram pela operação. A doença afeta terminações nervosas de maneira geral e, de acordo com os resultados encontrados, também apresentou um retorno positivo.

 

Os pesquisadores têm estudado a aplicação da técnica também em pacientes que sofreram traumas na bacia. A aplicação em pacientes com pequenas alterações vasculares parece promissora, apesar de não ter sido colocada em prática ainda. Até agora, o procedimento só é realizado pelo Hospital Universitário da UNESP.

 

Email this to someoneShare on FacebookShare on Google+Tweet about this on TwitterShare on LinkedIn